Grãos especiais têm produção artesanal, compromisso com a sustentabilidade e levam o sabor e a qualidade da Região das Montanhas para todo o país

O Realcafé Reserva é o cafezinho que leva para todo o Brasil os melhores grãos da variedade arábica da Região das Montanhas Capixabas. Considerado o filho caçula do Grupo Tristão, a marca foi lançada em 2017, no Prêmio Realcafé Reserva UCC de Qualidade. 

Apesar do lançamento recente, segundo o Gerente do Realcafé Reserva, Henrique Tristão, o apreço por cafés especiais pela Realcafé já era percebido há mais de duas décadas. Na época, funcionários da Diretoria reservavam alguns grãos selecionados para consumo próprio, além de disponibilizá-los para alguns parceiros da empresa. 

“Isso teve uma aceitação muito boa, e nos lançamos no mercado de forma muito tímida, levando o nome do Cafuso inicialmente. Em paralelo a isso, eu já trabalhava no mercado de cafés especiais no Rio de Janeiro, que cresceu muito nos últimos anos”, pontua o Gerente.  

Ao perceber o crescimento do mercado de cafés especiais, era hora de inovar e se reinventar. “Foi quando, em 2017, pensamos: por que não deixar os grãos que exportamos, que são reconhecidos em todo o mundo, também aqui no país? E assim nasceu o Realcafé Reserva, com linhas de café especiais da Região das Montanhas”, acrescenta Henrique. 

Processo artesanal e compromisso com a sustentabilidade

Antes de chegar à Fábrica, o Reserva tem um requisito para adquirir os grãos: leva em consideração o compromisso dos produtores rurais com o desenvolvimento sustentável. “É uma forma de estimular que eles adquiram boas práticas de cultivo e preservação do meio ambiente”, explica Henrique. 

A produção do Reserva é realizada na sede da Realcafé, em Marcílio de Noronha, Viana. Mas, diferente da Fábrica de Solúvel, que tem a produção por escala, no qual toneladas de grãos são torrados por hora, a torra do Reserva é feita de forma manual, precisando de um mestre de torra para operá-la. São apenas cinco quilos por batelada, podendo produzir até 16 quilos por hora.

Conquistas e desafios 

A pandemia da covid-19 trouxe uma nova realidade de consumo não apenas para o Realcafé Reserva, mas para o mercado de forma geral. Segundo Henrique Tristão, a marca, que tinha o seu maior faturamento por meio das vendas diretas em cafeterias, restaurantes e escritórios, precisou se reinventar diante das restrições impostas no comércio nos períodos mais críticos da doença no país. 

“O café especial é um produto de muito valor agregado, e, por isso, em momento de crise, não vende tão bem quanto o café tradicional. Com as restrições que o comércio teve na abertura dos estabelecimentos, a demanda de consumo caiu muito.

Por outro lado, o e-commerce cresceu cerca de 40% em todos os meses desde que a pandemia começou. Queremos arrumar a casa e fechar o ano de forma positiva”, explica Henrique. 

Uma das novidades previstas para serem lançadas ainda neste ano é o lançamento do Clube de Cafés Especiais do Realcafé Reserva. “Quem fizer parte do clube, vai receber mensalmente um café premiado que participou do Prêmio Realcafé Reserva de Qualidade. São cafés de notas muito altas e com qualidade reconhecida em todo o mundo”, acrescenta.